Como os princípios da economia circular (reuso, reciclagem, redução) estão influenciando o valor das empresas e a necessidade de novas abordagens de valuation.

Por questões de crises mundiais, a abordagem para o desenvolvimento sustentável tem se consolidado, e articular reavaliação de modelos produtivos e de consumo. Diferente do modelo tradicional e linear que é baseado em extração, produção, consumo e descarte, a economia circular terá sua base na extensão do ciclo de vida dos produtos por meio dos princípios de reuso, reciclagem e redução. Com isso, a mudança impacta como a empresas operam e redefinem a maneira como são avaliadas em termos de valor econômico, social e ambiental.

E como funciona a Economia Circular?

Na prática, a economia circular vai influenciar diretamente na valorização de ativos tangíveis (instalações de manufatura, estoques e equipamentos) e intangíveis dentro de uma empresa. Os ativos tangíveis serão analisados por sua eficiência material, durabilidade e capacidade de reinserção no ciclo produtivo, como um sistema de logística reversa que agrega valor à empresa ao contribuir para a redução de custos e melhorar a sustentabilidade das operações.

Já os ativos intangíveis (marca, reputação, propriedade intelectual e capital humano) ganham mais relevância em contexto circular, e valorizar práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) que impulsionam interesses de investidores em negócios alinhados com Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é uma nova tendência.

Quais as mudanças neste novo cenário?

As mudanças ocorrem nas ferramentas como fluxo de caixa descontado (DCF) que continuam sendo úteis, porém necessitam de acréscimos com métricas que considerem impactos socioambientais, o ciclo de vida dos produtos e os riscos regulatórios e de reputação associados ao não alinhamento com princípios sustentáveis. Os modelos de avaliação baseados em capital natural e social ganham espaço quando propõem uma visão mais ampla do valor real das empresas.

Outra questão a ser pontuada é a tendência à redução de exposição a riscos econômicos, em especial, a escassez de recursos naturais e volatilidade de preços de matérias-primas. A reciclagem auxilia a diminuição de dependência de recursos puros e cria uma cadeia de suprimento resiliente que será valorizada por investidores, agregando valor ao seu negócio estrategicamente.

Portanto, a inovação permite que os negócios desenvolvam soluções criativas para os processos de sustentabilidade e proporcionam abertura de novos mercados. A inovação passa a ser um ativo intangível de extrema importância, que precisa ser mensurado com precisão nos processos de valuation.

E quanto ao impacto global?

A economia circular também tem suas influências perante os consumidores e reguladores. Por conta da conscientização socioambiental da atualidade, a pressão para uma produção com menor impacto ambiental sugere uma valorização de empresas que implementam a circularidade em suas estratégias. Ações que regulamentam abordagens mais verdes levam vantagem competitiva perante a economia circular, capturando valores que antes não eram reconhecidos pelos modelos tradicionais. Isso inclui o fortalecimento das relações com stakeholders, a fidelização de clientes e o acesso a fontes de financiamento sustentáveis, como títulos verdes (green bonds) e fundos ESG.

Assim, o valor empresarial é transformado perante o uso eficiente de recursos e incentivos a práticas sustentáveis e inovadoras. Para aplicar tais práticas a sua empresa de maneira certa, entre em contato com a FV e garanta a sua consulta com o melhor da consultoria financeira da região!

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